segunda-feira, 8 de novembro de 2010

No verão, a melhor opção é o vinho rosé

A somellier Gianni Tartari afirma que apesar do preconceito a bebida tem sido mais procurada pelos brasileiros na estação


Seu Adolfo Nardini mantém a tradição da família em produção de vinhos em Atibaia

O vinho rosé é uma bebida que agrada facilmente a muitos paladares por ter como características a suavidade e a sensação refrescante. Na Europa, por exemplo, em países como Espanha, França e Itália, a bebida é bastante consumida no verão. No entanto, apesar de combinar com o clima tropical do Brasil, segundo a somellier Gianni Tartari, a bebida acaba não sendo muito aceita pelos brasileiros, principalmente pela existência de preconceitos sobre a classe, mas mesmo assim, cada vez mais ganha adeptos. 

“Muitas pessoas não consideram o rosé um vinho. Isso é um erro. Primeiramente, é preciso saber apreciar a bebida (de preferência com qualidade) na temperatura correta. No nosso país o consumo é muito mais agradável já que contamos com o clima tropical”, pontua Gianni.

Segundo o enólogo Renato Frascino, a bebida sofreu diversas mudanças ao longo do tempo e, por isso, ganhou mais adeptos no Brasil. “Por ter gosto fraco e, às vezes, não agradar muito, o vinho rosé é associado somente às mulheres, mas isso não é verdade. A bebida é apreciada por quem gosta de um bom vinho, basta saber as ocasiões em que deve consumi-la”, afirma.

Nem branco, nem tinto, é assim que o vinho rosé é popularmente conhecido. E, apesar de muitos acreditarem que a bebida é fruto da mistura entre o branco e tinto, a diferença dos tradicionais vinhos para o rosé está em seu processo de fermentação, uma vez que o suco fica pouco tempo em contato com a casca da uva. “É possível obter o vinho rosé por este processo de mistura, mas apenas os produtos de baixa qualidade acabam sendo produzidos desta forma”, explica Gianni Tartari.

Acompanhado dos filhos René e Ricardo, Adolfo Nardini (foto), dono de uma fábrica tradicional de vinhos na cidade de Atibaia, explica que o processo de produção do vinho rosé é simples, porém bastante demorado. “Nós fabricamos os vinhos em determinados períodos do ano, porque temos que esperar a melhor safra da uva. Quando começamos a produzir chegamos a demorar até sessenta dias para fabricar uma garrafa de vinho rosé”, explicita.

Para entender o processo de produção

Primeiro, começa com o cuidado de não alongar o tempo da maceração da uva, somente até atingir a fraca coloração que é desejada. Rapidamente as cascas são retiradas do mosto, para que seja mantido o gosto suave da bebida. Logo o líquido é mandado a uma cuba inoxidável para obter o conhecido aroma frutado e fresco que só o vinho rosé provoca em seu paladar.

Confira as uvas mais utilizadas em vinhos roses, segundo o site mundovinho:

Cabernet Sauvignon: É a mais nobre e a mais famosa uva tinta do mundo, dona de uma cor intensa e de um alto teor de tanino. Seu cultivo foi iniciado no século 18 em Bordeaux, na França, e espalha-se até hoje por diferentes continentes, encontrando condições adequadas em terras da Itália, Espanha, Estados Unidos, Austrália, Brasil, Chile e Argentina.

Chardonnay: É a principal uva branca e graças à facilidade de cultivo, resistência e produtividade, espalhou-se pelo mundo, sendo a base de vinhos brancos muito secos. É a uva do Chablis e produz vinhos excelentes na Borgonha, na França. É encontrada na Califórnia, Chile, Argentina e Brasil.

Grenache: Encontrada em diversas partes do mundo. Tem origem no sul do Rhône. Na Espanha, adquiriu a alcunha de Granacha. Também é bastante cultivada na Califórnia e na Austrália.

Merlot: Também presente nos vinhos de Bordeuax nos últimos séculos, atualmente a uva é produzida, também, em diferentes regiões do mundo: Califórnia, Chile, Austrália, Argentina e no Brasil.

Pinot Noir: Plantada na Borgonha, onde também serve de base para a produção de champanhes, tem sido cultivada em outras regiões, obtendo resultados inferiores aos da terra natal.

Confira fotos da produção de vinhos da fábrica da família Nardini, em Atibaia:


Nenhum comentário:

Postar um comentário