terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Japão está representado no mercado internacional de vinhos

Embora sem qualquer tradição na área, vinho produzido a partir da uva Koshu, está sendo exportado para o mundo inteiro

Não precisa nem ser especialista em vinhos para saber que vinho japonês não é muito comum. Normalmente vinhos são oriundos de países da Europa e América do Sul. Mas a vinícola mais antiga do Japão, a chatomercian, promete mudar essa história. Um vinho produzido a partir da uva Koshu, tem disputado espaço em mercado tradicionais.

A uva Koshu foi levada ao Japão há mais de 1200 anos, na época da rota da seda. O país oriental não tem e nunca teve um clima propício à cultura de uvas. Mas a Koshu tem uma particularidade, se adaptou ao clima frio e úmido da região de Yamanashi, próximo ao Monte Fuji.

Embora só agora tenha sido alvo de atenção por parte de sommeliers do mundo inteiro, o vinho japonês não é tão recente assim. “O vinho (do Japão) é muito tradicional, mas só nos últimos anos é produzido com mais qualidade. Antes se produzia a partir do que sobrava da uva (Koshu), agora há uma cultura voltada para isso”, disse o consultor de vinhos e vice-presidente da Associação Brasileira de Sommeliers, Bruno Vianna. SegundoVianna, que já viajou duas vezes ao país asiático, tem-se criado no Japão um costume nos jovens de freqüentar wine bars, que nada mais são do que estabelecimentos que comercializam taças avulsas de vinhos para degustação.

Toda essa cultura voltada a produção e consumo de vinhos, incentivou a formação da associação “Koshu of Japan”dos produtores da uva Koshu. São 15 famílias produtoras da uva que tem o objetivo de disseminar informações sobre o vinho genuinamente japonês. Para obter mais informações acerca da Associação acesse o site   http://www.koshuofjapan.com/introduction/index.html.

O vinho

De acordo com o sommelier Bruno Vianna, o vinho japonês é seco e  bastante aromático por conta da utilização de flores. Além disso, seu teor alcoólico chega a no máximo 11,5%, o que o deixa com mais acidez. “Combina muito com a culinária oriental”, lembra Vianna.

 No Brasil, a presença do vinho ainda é pequena. Há cerca de 1 ano apenas, os brasileiros puderam encontrar somente em estabelecimentos especializados exemplares. Aliado a pequena inserção no mercado brasileiro, o preço é outro fator que não estimula seu consumo. Uma garrafa custa aproximadamente R$ 390,00. Segundo Vianna, a pouca quantidade de produção (são apenas algumas famílias produtoras) faz o preço ficar alto.

O mercado

A presença em crescimento de um vinho sem tradição no mercado traz à tona as mudanças profundas às quais esse setor está exposto. Embora aparentemente alguns vinhos, sobretudo aqueles provenientes de países europeus (historicamente produtores de vinhos aclamados pela crítica), ocupem lugares cativos na preferência dos consumidores, nem eles estão imunes a interferência da inovação. “Está havendo sobra de vinho no mercado internacional, o que leva a inovação no vinho do mundo inteiro”.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O melhor tirador de chope do Brasil está em Campinas

Conheça um pouco mais o barman Otagilson de Castro dos Santos, 32, vencedor da etapa nacional do 14º World Draught Master

Pâmela Paduan

Com 20 anos de experiência na profissão de barman, Otagilson de Castro dos Santos, 32, é o detentor do título de melhor tirador de chope do país. Avaliado à paisana em dias comuns de trabalho no SeoRosa Bar e Restaurante, em Campinas, Gilson – como prefere ser chamado – foi o campeão da etapa Brasil do 14º World Draught Master que ocorreu no começo de outubro. A competição reconhece os melhores tiradores de chope do mundo e o ritual de servir o chope Stella Artois. "Sirvo o cliente como a mim mesmo", declara ele, que falou ao Sabor em Pauta sobre a prática, o concurso e a viagem a Londres, na Inglaterra, onde disputou o prêmio internacional em 28 e 29 de outubro.

SABOR EM PAUTA - Como foi participar do concurso?
GILSON - Disputei com outros 30 barmans, todos da capital paulista, mas não sabíamos quando estávamos sendo avaliados. Aliás, poderia ter participado qualquer outro funcionário que estivesse na máquina quando os avaliadores chegaram, mas geralmente o trabalho é meu e eu estava lá. Eram dois avaliadores. Eles chegavam, pediam o chope e só depois se identificavam. Mas não diziam nada sobre o que tinham achado. Fiquei sabendo que fui o vencedor só no dia da premiação. Eles mandaram uma cartinha ao SeoRosa falando que eu estava entre os cinco melhores colocados e que deveria participar da cerimônia de premiação em São Paulo. Fomos lá e só na hora fiquei sabendo que eu era o primeiro. Fiquei muito feliz de ter ganhado, meu trabalho foi mais valorizado. Não tive um momento de preparação, eles chegaram e viram como eu faço realmente o meu trabalho, e isso mostra que faço bem feito.

Você já tinha participado de algum outro concurso?
Em concurso de grande abrangência e importância como este, não. Já participei de torneios, mas sem comparação com o World Draught Master, que é a nível internacional.

Como foi feita a avaliação para dar o título de melhor tirador de chope do Brasil?
Eles analisam todo o processo de tirar o chope, desde a lavagem do copo, como você .tira o chope, qual a quantidade de creme (colarinho) que você deixa no copo, os movimentos que você faz entre um copo e outro, se você serve o cliente com o logotipo do chope virado para ele... Além disso, claro, eles também observam sua agilidade, destreza e inclusive a simpatia com os fregueses. 


Como desenvolveu esta técnica que te rendeu o prêmio? Fez algum curso?
Não fiz curso nenhum, aprendi na prática mesmo. Dentro de um bar por 20 anos, você aprende a melhor forma de servir uma cerveja ou indicar um vinho...

Qual foi o prêmio do concurso?
Aqui no Brasil ganhei R$ 3 mil e ainda a oportunidade de ir para Londres, participar da fase internacional, com tudo pago pra mim e para um dos donos do SeoRosa.

Como foi participar da fase internacional?
Foi ótimo, foi minha primeira viagem internacional. Até então a viagem mais longa que eu tinha feito tinha sido ao Piauí (risos), de onde eu vim. Confesso que morro de medo de andar de avião, ainda mais 11 horas... Mas não tive como rejeitar. Ficamos oito dias na Inglaterra. Antes do dia da competição, tive que treinar a técnica de tirar o chope Stella Artois, que são nove passos. Fui treinado pela Real Academia do Chopp – criada pela Ambev – que foi quem inscreveu o SeoRosa no concurso. (Saiba quais são os nove passos) Enfim, acabei não ganhando. Eram 30 representantes de 30 países e a disputa foi por etapas. Quem ganhou foi o norte-americano. A competição é toda em um único dia, em uma espécie de reality show, luzes e câmeras para todo lado. Não consegui trazer a caneca, mas não fiquei decepcionado por ter perdido, o que vale é a experiência. Ter ganhado o prêmio nacional, tirando o chope da forma rotineira, é mais que suficiente. Assista a etapa internacional na íntegra - Gilson participa aos 37 minutos

Deu pra tirar alguma lição da forma com que os ingleses tiram chope?
Sim, as máquinas de lá são bem diferentes das brasileiras. Elas são maiores, o cálice é diferente e o jato de chope é mais forte. Visitei alguns pubs pra saber como era a cultura de lá. Nos pubs eles não vendem chope, vendem cerveja de barril e sem colarinho, o que achei estranho, porque o colarinho é que mantém a temperatura da bebida. Eles bebem em temperatura ambiente, uma coisa impensável no Brasil (risos). Os brasileiros sabem beber cerveja e chope, o bom é gelado.

E qual o seu segredo para tirar o chope melhor que qualquer um em todo o país?
Meu segredo é gostar do que faço e fazer com prazer. Isso faz a diferença. Tirando chope eu me sinto bem e acredito que isso foi considerado pelos avaliadores. Gosto de ser simpático com os clientes e tenho paixão em servi-los. Sirvo os clientes como se estivesse servindo a mim mesmo. Faço isso há quase 20 anos e não pretendo fazer outra coisa. Só deixo de servir se for para ter meu próprio bar.

Você foi consagrado por uma comissão de um concurso, mas qual é a avaliação dos clientes? Ouve com frequência comentários sobre o seu trabalho?
Eu recebo elogios sim, principalmente pela simpatia. Estou sempre alegre e, também, trabalhando no balcão de bar, a gente aprende a ouvir as pessoas, o que acaba criando uma relação mais próxima. Isso colabora para fazer um trabalho bem feito.

Como começou na profissão?
Sempre trabalhei em bar desde a adolescência e aos poucos fui melhorando os cargos. Cheguei na cidade de São Paulo do Piauí com 19 anos e estou em Campinas há quatro meses. Conheci o Ricardo Caput, um dos donos do SeoRosa, que me convidou para trabalhar com ele. Vim conhecer o bar e gostei. E já ganhei um concurso nacional trabalhando aqui! Digo que isso é sorte de principiante! (risos)

Um bom tirador de chope já sabemos como é, e o bom bebedor?
Percebi que as pessoas aqui em Campinas sabem beber. Um ou outro que pede chope sem colarinho, mas eu me finjo de desentendido e deixo pelo menos um dedo – o correto é três dedos. Se é pra tomar sem colarinho, que peça uma cerveja! Qualquer um que trabalha com isso se recusa a servir sem o creme e faço o mesmo. Às vezes não tem jeito e temos que obedecer o cliente, afinal, ele sempre tem razão.

Direto de Minas Gerais para as mesas paulistanas

Pão de queijo é um dos produtos mais consumidos na região sudeste e ganha destaque na cidade de Hortolândia
(Barbara Tonhela)

O pão de queijo já faz parte do café da manhã dos paulistanos, mesmo sendo originário de Minas Gerais. E esse quitute não é consumido apenas no café da manhã. Já é quase obrigatório antes do almoço, no cafezinho ou chá da tarde, no com a família e os amigos, e muito consumido dentro dos lares brasileiros.

Massa pronta, direto pro forno. Por B.T.
Existem várias formas e gostos para se deliciar com esse petisco: com recheios de requeijão, cheddar, catupiry, doce de leite, brigadeiro, goiabada, entre outros sabores; pode ser consumido sem recheio mesmo; é vendido em unidade ou porções em tamanhos, conforme a vontade do consumidor.


Hortolândia há alguns anos, ganhou o status de Capital do Pão de Queijo, perdendo apenas para Minas. Segundo a assessoria de imprensa da cidade, já existem dados que comprovam tal título, entretanto a informação não é divulgada com amplitude. Dados da Vigilância Sanitária confirmam 36 empresas formalizadas, porém sabe-se da informalidade, por volta de 15 empreendimentos em todo o município.

Torradinhos e já prontos para comer. Por B.T.
Há 15 anos no mercado, a empresa Sabor Total, comandada por Mara Pereira e o esposo, mantém um padrão de qualidade e investimento. “Me sinto realizada profissionalmente. Em 1994 vimos uma porta aberta ao negocio de pão de queijo e deu certo.”, afirma Marta. Com 27 funcionários, hoje a empresa produz cerca de 2.500kg de pão de queijo por dia, em duas opções: massa em balde e congelado. E Mara explica, “A massa em balde tem validade de um mês e o congelado de até três meses.” Hoje a fábrica é comandada pela filha Marília Pereira que cursou nutricionismo para dar continuidade nos negócios do ramo alimentício.

A título de curiosidade, Mara explicou que o produto se adapta conforme o lançamento realizado na região. De forma direta, o pão de queijo paulista é tão parecido quanto o pão de queijo mineiro. “No mineiro, é usado muito mais polvilho azedo, com características mais abiscoitadas. Já o paulista vai menos polvilho, o que o torna mais crocante e o miolo mais molinho e macio”, esclarece a empresária.

Acompanhe o preparo do "Super Pão de Queijo", Por Marília Pereira, nutricionista: 





O pão de queijo surgiu em Minas Gerais, sem data certa, mas se tornou popular na década de 50. Os ingredientes do pão de queijo são: biscoito de polvilho azedo (ou doce), ovos, sal, óleo vegetal e queijo de leite de vaca. Entretanto, cada fabricante tem seus segredos. Bom apetite!

Cupcakes, a moda e o mercado

Cansados de brigadeiros, beijinhos e cajuzinhos, doceiros apostam em doces personalizados
(Barbara Tonhela)

Confeiteiros e consumidores vem promovendo importantes mudanças de comportamento no que diz respeito aos doces em festas e eventos até naqueles encontrados em confeitarias e padarias. Em alta, estão as sobremesas chamadas de “cupcakes” – os mini bolinhos, em português.


Pinky Cupcakes, por B.T.



Considerados mais que simples sobremesas, eles estão se tornando um elemento importante na decoração de casamentos, formaturas e aniversários, com roupagens modernas e sabores que seguem tendências internacionais de gastronomia. Mais leves, com textura e sabor diferenciados, os “cupcakes” proporcionam a seus apreciadores uma verdadeira explosão sensorial.


Pinky Cupcakes, por B.T.

Antenados às novidades, muitos profissionais têm apostado na criação de produtos especiais para acompanhar o ritmo intenso de mudanças do mercado e satisfazer os novos consumidores. É caso de Priscilla Kurbhi, cakedesigner e proprietária da confeitaria Pinky Cupcakes. “Criei o hábito de procurar produtos diferentes para festas em sites e blogs e percebi que os cupcakes faziam muito sucesso. Quando me dei conta já havia montado uma empresa”, afirma.

Os pequenos bolinhos recheados e enfeitados com cremes, confeitos ou pasta americana conquistaram os paulistanos da zona oeste. Kurbhi já chegou a produzir 2 mil cupcakes por mês, e explica a razão para tanto fascínio pelos tradicionais bolinhos ingleses. “Faz sucesso porque é muito bom! É gostoso e diferente. O melhor é que podemos fazer mil versões de cada bolinho. Assim, cada festa, cada empresa e cada cliente, pode lembrar do próprio cupcake personalizado”, conta a cakedesigner que saiu da capital paulistana e foi para Campinas com a empresa, que agora conta com pronta entrega de encomendas.


Cupcakes da Lena com decoração arrojada, por B.T.

Os tradicionais docinhos de festa enrolados em granulado têm perdido seu lugar cativo nas festas de aniversário, casamentos e formaturas. E segundo Maria Helena, a Lena, professora de biologia aposentada que agora se dedica a dar aulas de cakedesigner, as festas se tornaram um mercado exigente e para alcançar o público, só oferecendo produtos especiais e diferenciados como os cupcakes.

A decoração diferenciada dos doces é a grande aposta de Lena. Atendendo encomendas que chegam aos 150 bolos por semana, a confeiteira trabalha permanentemente na elaboração de novos produtos, sem abrir mão de um sabor de qualidade. E ainda promove cursos de aperfeiçoamento para doceiras. “O gostoso de lidar com alimentação é que podemos estar sempre inovando. O doce não é um produto rígido e, justamente por ser possível fazer coisas gostosas e bonitas, quero mais é oferecer novidades nesse segmento.”

Acompanhe o processo de decoração simples de cupcakes por Priscilla Kurbhi:


Comida mexicana com um toque texano

Se o povo brasileiro é resultado de uma grande mistura de povos de vários países, podemos dizer o mesmo de nossos hábitos culinários. Afinal, é inegável a popularidade das massas italianas no país, além do crescente número de fãs de comidas árabes, japonesas e chinesas.
Mas quem vem ganhando força ultimamente são os pratos mexicanos. Já populares nos Estados Unidos há algum tempo, eles chegaram ao Brasil através dos restaurantes de estilo “fast-food”. Porém, há também os restaurantes tradicionais, com outras propostas e variações. É o caso do Si Señor, que chegou à Campinas em Junho após o sucesso obtido em seis lojas na grande São Paulo.
O Si Señor trabalha com pratos da culinária “Tex-Mex”, uma variação que inclui toques texanos aos pratos. Segundo o Gerente da unidade de Campinas do Si Señor, Frederico Dieckmann, os pratos Tex-Mex agradam mais ao paladar dos brasileiros por serem menos apimentados e terem mais queijo. Confira a explicação no Podcast:

Dieckmann, que também é Chef, acredita que a culinária mexicana não é apenas moda, veio para ficar. “Acredito que assim como a culinária italiana, a mexicana cairá no gosto do brasileiro, conquistando cada vez mais seu espaço”.
Os carros-chefe do restaurante são os burritos, os nachos supreme, e a quesadilla, pratos que, de fato, são os mais conhecidos da culinária mexicana. “Pelo fato de a comida mexicana ainda ser novidade para alguns, muitos dos clientes pedem os combos, para experimentarem um pouco de cada prato”, conta Dieckmann.
Os burritos incluem tortilla de trigo recheada com frijoles, queijo, alface e pico de gallo, além de um molho “caliente” exclusivo da casa. Os Nachos Supreme são nachos chips cobertos com frijoles, cheddar, queijo ralado, azeitonas, guacamole, sour cream, pico de gallo e cebolinha verde.
Já as quesadillas levam tortillas de queijo tostadas com pico de gallo, queijo derretido, cebola verde, e acompanhamentos. O recheio pode ser de filé mignon grelhado, frango margarita ou machaca.
Mas há também outros pratos, como as enchiladas, chilli fries, burger bits, la bamba, dentre várias opções.
Quanto às bebidas, destaque para os drinks de Tequila, como os Mojitos, tradicionais da região caribenha do México.
O Si Señor possuí ambiente agradável, com decoração inspirada nos restaurantes de Santa Fé, cidade que fica no estado do Novo México, sul dos Estados Unidos. Além disso, conta com uma trilha sonora de clássicos do rock e blues que casam perfeitamente com o ambiente. Com experiência de comandar outras unidades da rede, o Chef Benício Bevenuto é o responsável pela cozinha do restaurante.

Si Señor – Mexican Grill
Unidade Campinas:
Rua Dr. Emílio Ribas, 540, Cambuí
Tel: (19) 3201-1717
Horários de funcionamento:
Domingo à Quinta: 18h à 0h
Sexta e Sabado: 18h às 2h



Links:
O site do restaurante traz maiores informações, como cardápio e preços.

Os Chefs Frederico Dieckman e Benício Benevuto ensinam quatro receitas, entre elas as badaladas “Nachos Supreme” e “Burritos”. Confira os vídeos:

Bares apostam na harmonização de cervejas e pratos

Nova tendência impulsiona mercado de importadas e artesanais

Por Rayssa Anicezio
Quem não gosta de tomar uma cervejinha gelada no fim do expediente? São raras as pessoas que responderiam que não. Sair para beber com os amigos já virou tradição e, pedir uma cerveja, quase uma prioridade. Não foi preciso ouvir um especialista ou consumidores assíduos para chegar a essa constatação, é só olhar nas mesas de bares e restaurantes para que essa especulação se confirme. Que cerveja é uma paixão nacional todos nós sabemos, mas ter um cardápio diferenciado só para combinar o melhor petisco com sua bebida favorita é novidade. Que, aliás, vem atraindo cada vez mais consumidores.
O mercado de cervejas brasileiro cresceu cerca de 5% em volume e atingiu 10,7 bilhões de litros em 2009, segundo o último levantamento do Instituto Nielsen. A pesquisa constatou ainda que o Brasil ultrapassou a Alemanha no ranking mundial. Produzida a partir da fermentação de cereais, principalmente da cevada maltada, a cerveja é considerada como uma das primeiras bebidas alcoólicas inventadas pelo homem.
Segundo Afonso Fraga Landini, mestre cervejeiro,  Campinas é um importante mercado de consumo, aqui se movimenta grande parte do PIB nacional. “Já tivemos grandes cervejarias, como a Alesbier, a Cervejaria Universitária e é claro, a Ambev”. A região atrai inúmeros estabelecimentos entre bares e restaurantes, e acompanha a nova tendência de mercado, com casas especializadas em combinar bebidas com petiscos.
O Bar Brejas, em Campinas, é um exemplo de estabelecimento que aposta nessa tendência, a casa oferece, aproximadamente, 180 rótulos. Materialização do que o site Brejas (barbrejas.com) já faz na internet, a casa conta com uma equipe treinada para ajudar o cliente a encontrar os melhores rótulos de acordo com os seus gostos pessoais, o bar traz um cardápio de porções e lanches inteiramente harmonizado com os estilos das cervejas disponíveis.
Para Maurício Beltramelli, especialista em cervejas especiais e editor do Brejas, uma coisa chama a outra. “Além das harmonizações dos vinhos com comidas, as cervejas desempenham um papel muito interessante. É um mercado em franca expansão no mundo e o Brasil  segue a mesma tendência. Aliás, no Brasil, o consumo per capita chega a 47 litros por ano”.
Para o especialista, essa tendência impulsiona o mercado, pois, os consumidores estão cada vez mais exigentes. Os bares que apostam nesse ramo, atuam não só em beneficio próprio, mas prestam um serviço para o consumidor, apresentando cervejas que até então eram desconhecidas. 99% das cervejas consumidas no Brasil são do estilo Pilsen. “O mundo não é só pilsen, existem outros 120 estilos de cervejas pelo mundo afora que o consumidor gostará de provar. É uma tendência mundial, mas digo que sempre haverá cervejas de massa e artesanais. Os mercados não concorrem entre eles”.
O portal Brejas é referência no assunto e traz informações e curiosidades sobre a bebida, além de oferecer, em parceria com o SENAI Vassouras, o Curso de Iniciação às Técnicas Cervejeiras Caseiras. Responsável por ministrar o curso, Afonso Fraga Landini afirma que qualquer um pode frequentar as aulas. “Temos um público homogêneo, estudantes, curiosos e até iniciantes. Aqui ensinamos sobre todas as matérias-primas que são utilizadas na fabricação de cervejas, os processos e os equipamentos. Os alunos saem daqui com plenos conhecimentos para iniciar este hoobie”.
Outra casa que oferece um cardápio de bebidas harmonizado com as opções de comidas é a Cervejaria Devassa. Nascida no Rio de Janeiro, a rede possui uma franquia em Campinas, localizada no Cambuí. Mas, o forte não são cervejas importadas e sim os choppes de fabricação própria.
Para saber mais novidades cervejeiras, leia a matéria de Fernanda Tomazin sobre o último lançamento da Ambev, a Skol 360º.
Sugestões Bar Brejas:
·        Lanche de Presunto cru, brie e rúcula. Servido no pão ciabata
Harmoniza com: Dry Stout, Schwarzbier, Porter, Munich Helles, Bock, Doppelbock, Weizenbock

·        Hambúrguer de Picanha (200g), mussarela, bacon, cebolas caramelizadas, alface americana e tomate. Servido no pão de hamburguer. Acompanha batatas fritas Harmoniza com: India Pale Ale, Schwarzbier, Altbier
Sugestão Cervejaria Devassa:
·        Peixes, frangos, saladas ou molhos.
Harmoniza com: Devassa Loura (Choppe)

·        Bonitão e Lamparina. Carne-seca artesanalmente desfiada, puxada na cebola, escoltada por tenros nacos de aipim frito.
Harmoniza com: Loura e Ruiva (Choppes)

As delícias do açaí



Saiba porque essa fruta é a mais popular do verão

por Fernanda Curcio



É no verão, a época mais quente do ano que o açaí cai no gosto dos brasileiros. Essa fruta típica da região Amazônica é uma deliciosa pedida para se refrescar nos dias mais quentes do ano. De várias maneiras, as lanchonetes, quiosques e restaurantes inovam cada vez mais nas receitas preparadas com essa fruta tipicamente conhecida não só pelo sabor, mas também pelos vários benefícios que ela traz para a nossa saúde.
É exatamente por esse ultimo motivo, que o açaí está entre os mais pedidos nas academias de ginástica pois além de ser um energético, contém vitaminas C,B1 e B2 e também fibras, proteínas, ferro e cálcio.
Dono da lanchonete Get Fit, que fica dentro da academia Céltica em Jundiaí, o proprietário Juan Clemente Villanueva, explica que o açaí é um dos produtos mais vendidos o ano todo. “As pessoas pedem bastante o açaí na tigela, com banana, morango, abacaxi ou kiwi, é uma receita que combina com qualquer fruta e pode ser servido com mel e granola”. Além da maneira mais tradicional ele explica que está inovando ultimamente para incrementar as vendas, “ agora temos também vitaminas, sucos, sorvete, salada de folhas com molho de açaí e iogurte com açaí e granola .”

 
O personal trainer Eduardo Mansho conta que não abre mão de saborear um delicioso açaí depois dos treinos. “Existe muito mito de que açaí engorda, a verdade é que ele deve ser consumido com moderação, as pessoas que praticam atividade física como eu podem consumir sem medo”.


Além de muito popular na culinária, o açaí também pode ser utilizado para produção de cosméticos como shampos, cremes e outros produtos de beleza. Encontramos utilidade também no artesanato, com as sementes se produz colares, pulseiras e brincos.



Aí vai uma receita muito fácil e simples preparada com açaí e iogurte. Uma dica nutritiva e refrescante para curtir o verão.

Iogurte com Açaí e Granola


1 colher(es) (sopa) de açúcar mascavo
1 unidade(s) de banana nanica picada(s)
1 copo(s) de iogurte desnatado
40 gr de granola
1 xícara(s) (chá) de Açaí batido(s)
quanto baste de gelo


Modo de Preparo:
• Bata o açaí com água. Reserve.
• Corte a banana e bata no liquidificador com o açaí batido, o iogurte e o açúcar mascavo até obter uma mistura homogênea.
• Despeje a mistura em 4 copos, distribua a granola e sirva em seguida com gelo.